
DOENÇA HIPERTENSIVA – PECULIARIDADES DO
TRATAMENTO
POR SE TRATAR DE DOENÇA DE EVOLUÇÃO
ASSINTOMÁTICA, O DIAGNÓSTICO DEPENDE DE CAMPANHAS EDUCATIVAS E DE PREVENÇÃO ÀS
COMPLICAÇÕES (SINTOMÁTICAS) DAS LESÕES NOS ÓRGÃOS-ALVO. É NECESSÁRIO QUE O
PACIENTE PROCURE PERIODICAMENTE MEDIR SUA PRESSÃO OU O FAÇA EM EXAMES REGULARES,
CASO CONTRÁRIO O DIAGNÓSTICO DA DOENÇA SERÁ TARDIO, JÁ RELACIONADO ÀS
COMPLICAÇÕES.
CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
CLASSIFICAÇÃO
PRESSÃO SISTÓLICA
PRESSÃO
DIASTÓLICA
ÓTIMA <
120 < 80
NORMAL <
130 < 85
LIMÍTROFE 130 –
139 85 – 89
HIPERTENSÃO
ESTÁGIO 1-LEVE 140 –
159 90 – 99
ESTÁGIO 2-MODERADA160 –
179 100 – 109
ESTÁGIO 3-GRAVE >
180 > 110
SISTÓLICA ISOLADA >
140 < 90
FATORES DE RISCO MAIORES
-
TABAGISMO
-
DISLIPIDEMIAS
-
DIABETES
-
IDADE ACIMA DE 60 ANOS
-
HISTÓRIA FAMILIAR DE DOENÇA CARDIOVASCULAR
LESÕES EM ÓRGÃOS-ALVO E DOENÇAS
CARDIOVASCULARES
DOENÇAS CARDÍACAS:
-
HIPERTROFIA DO VENTRÍCULO ESQUERDO
-
ANGINA DO PEITO OU INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
-
REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA PRÉVIA
-
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
EPISÓDIO ISQUÊMICO OU ACIDENTE VASCULAR
CEREBRAL
NEFROPATIA
DOENÇA VASCULAR ARTERIAL DE EXTREMIDADES
RETINOPATIA HIPERTENSIVA
CLASSIFICAÇÃO DO RISCO EM FUNÇÃO DE
LESÕES EM ÓRGÃOS-ALVO E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS
RISCO A – SEM FATOR DE RISCO E SEM LESÃO EM
ORGÃOS-ALVO
RISCO B – PRESENÇA DE FATORES DE RISCO(
EXCETO DIABETES ) E SEM
LESÃO EM ÓRGÃOS-ALVO.
RISCO C – PRESENÇA DE LESÃO EM ÓRGÃOS-ALVO,
DOENÇA
CARDIOVASCULAR
CLINICAMENTE IDENTIFICÁVEL E/OU
DIABETES.
TRATAMENTO
O TRATAMENTO É BASEADO EM DOIS PILARES:
-
MEDIDAS NÃO-FARMACOLÓGICAS
-
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
MEDIDAS NÃO-FARMACOLÓGICAS:
-
COMER COM POUCO SAL
-
ATIVIDADE FÍSICA REGULAR
-
PERDA DE PESO
-
DIETAS RICAS EM POTÁSSIO
-
ABSTINÊNCIA DO CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO:
-
DIURÉTICOS
-
BETABLOQUEADORES (PROPRANOLOL)
-
ANTAGONISTAS DOS CANAIS DE CÁLCIO (NIFEDIPINA)
-
INIBIDORES DA ENZIMA DE CONVERSÃO (CAPTOPRIL)
-
BLOQUEADORES DOS RECEPTORES AT1 DA ANGIOTENSINA II
(LOSARTAN)
-
SIMPATOLÍTICOS DE AÇÃO CENTRAL E PERIFÉRICA (METILDOPA)
DECISÃO TERAPÊUTICA, SEGUNDO RISCO E PRESSÃO ARTERIAL
RISCO A RISCO B RISCO C
NORMAL/LIMITE
MEV MEV MEV*
(130-139/85-89)
ESTÁGIO 1 MEV
MEV** TM
(140-159/90-99)
ESTÁGIOS 2 E 3 TM
TM TM
(>160/>100)
MEV : MUDANÇA DE ESTILO DE
VIDA/TRATAMENTO NÃO-MEDICAMENTOSO.
TM: TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
*TM SE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA, RENAL
CRÔNICA OU DIABETES
**TM SE MÚLTIPLOS FATORES DE RISCO.
APÊNDICE – PRINCIPAIS MEDICAMENTOS E DOSES
DIURÉTICOS: - HIDROCLOROTIAZIDA 12,5 A 50 mg 1 X AO
DIA
-
FUROSEMIDA 40 A 160 mg 1 – 2 X AO DIA
CENTRAL: - ALFAMETILDOPA
250 A 1500 mg 2 – 3 X AO DIA
BETABLOCK: - PROPRANOLOL
40 A 240 mg 2 – 3 X AO DIA
CÁLCIOBOLOCK:- NIFEDIPINA
20 A 60 mg 2 – 3 X AO DIA
IECA: - CAPTOPRIL
25 A 150 mg 2 – 3 X AO DIA
Os
aditivos são substâncias intencionalmente adicionadas aos alimentos com a
finalidade de conservar, intensificar ou modificar suas propriedades, desde
que não prejudique seu valor nutritivo.
Apesar dos aditivos serem adicionados em quantidades mínimas, a possibilidade
do seu consumo continuado durante períodos prolongados confere ao aditivo um
potencial de riscos.
Confira os
principais tipos de aditivos:
* Acidulante: dá gosto ácido
a alimentos como refrigerantes e geléias. Não tem efeitos lesivos quando
utilizados dentro dos limites.
* Antioxidante: evita o sabor rançoso da gordura e que o alimento se estrague.
*
Aromatizante: dá ou realça o aroma e o sabor dos alimentos, para torná-los mais
apetitosos.
*
Estabilizante: dá "liga" entre os ingredientes e melhora a textura do produto. É
usado normalmente em sorvetes e balas.
* Adoçante: substituto do
açúcar. Já foi comprovado o poder de gerar câncer da sacarina e ciclamato. O
aspartame também é bastante criticado, pois se transforma em nosso organismo em
metanol, um álcool extremamente tóxico que causa danos ao Sistema Nervoso. Por
isso é recomendável o uso de adoçante natural, como a STÉVIA.
* Conservantes: impossibilitam que o alimento estrague ou atrasam tal processo,
aumentando a vida útil destes.
* Corantes: tornam os alimentos mais atraentes. Podem ser naturais (exemplo:
urucum) ou artificiais (exemplo: tartrazina, vermelho bordeux). Os corantes
artificiais são os mais usados, pelas cores mais vivas e obtenção mais barata;
entretanto, podem provocar danos à saúde, principalmente alergias (asma,
irritações na pele, rinite), e, à longo prazo, o aparecimento de câncer.
Os alimentos que possuem estes corantes artificiais são: gelatinas, iogurte de
morango (ou leite com sabor de morango), sucos em pó, groselha, refrigerantes,
balas, biscoitos recheados de morango, salsicha, etc.
Logo, a fim de evitar o efeito indesejável dos aditivos, devemos evitar o
consumo excessivo de alimentos industrializados, e saber escolher os mais
saudáveis.
Abaixo estão algumas dicas para tornar sua alimentação mais saudável e fugir dos
riscos decorrentes da ingestão de aditivos:
- Preferir o consumo de sucos e refrescos naturais: além de mais baratos, são
muito mais nutritivos, por conterem várias vitaminas e minerais que os produtos
prontos não possuem, além de outros nutrientes. Prefira as frutas pobres em
potássio !
- Preparar gelatina em casa: misturar a gelatina em pó sem sabor a sucos de
frutas naturais e açúcar (adoçante no caso de diabéticos), se necessário.
- Evitar refrigerantes; deixar para consumi-los nos finais de semana, dando
preferência aos refrigerantes à base de limão. É uma atitude mais econômica e
saudável.
- Dar preferência aos biscoitos sem recheio.
- Preparar iogurte em casa e bater no liquidificador com morangos (ou outra
fruta, como pêssego); no caso de compra do iogurte pronto, procurar ler no
rótulo se o corante é natural. Sem dúvidas, o iogurte caseiro é muito mais
nutritivo e saudável, além de mais econômico.
Receita
de iogurte caseiro:
Aquecer 1 litro de leite de caixa, até o ponto em que não queime a mão (não é
para ferver !). Misture 1 copo de iogurte natural desnatado ao leite aquecido.
Coloque em um recipiente fechado (uma panela com tampa, por exemplo), e deixe de
um dia para outro dentro do forno (desligado!). Coloque, no outro dia, o iogurte
em copos tampados com papel alumínio ou plástico e deixe na geladeira. Pode ser
adicionada gelatina em pó sem sabor para o iogurte ficar mais encorpado. Uma
excelente opção é bater o iogurte com fruta, melhorando o sabor.
Nutricionista Responsável: Lorraine Ferraz
Algumas razões para não fumar...
O cigarro foi responsável por
418.690 mortes nos EUA em 1990 (1 de cada 5 mortes). Das mortes atribuídas ao
fumo, cerca de 25% foram devidas a causas isquêmicas e 43% atribuídas a todas as
causas cardiovasculares.
Estima-se que 29% de todas as mortes por Doença Coronariana sejam atribuídas ao
cigarro.
Os fumantes possuem um risco de Doença Coronariana fatal 70% superior aos não
fumantes.
O fumo potencializa os malefícios da hipertensão e da hipercolesterolemia como
fatores de risco para Doença Coronariana. O uso de anticoncepcionais orais
também passa a representar risco maior para infarto quando associado ao
tabagismo.
O tabagismo aumenta os riscos para doença pulmonar obstrutiva, câncer de pulmão,
laringe, cavidade oral, esôfago, bexiga, rins e colo uterino. Também é fator de
risco para câncer de pâncreas e úlcera péptica.
O fumo é a maior causa corrigível de recém-natos de baixo peso.
Não existe nível seguro de tabagismo. O risco de morte cardiovascular é maior
mesmo naqueles que fumam 1 a 4 cigarros por dia.
As crianças que residem com adultos fumantes apresentam maior incidência de
infecções respiratórias graves durante a infância e maior risco para asma e
otite média.
Nos EUA, estima-se que cerca de 3000 mortes por câncer de pulmão por ano em não
fumantes sejam devidas ao FUMO PASSIVO.
Os efeitos benéficos da interrupção do tabagismo ocorrem para todas as idades,
mesmo para aqueles que interrompem o hábito depois dos 65 anos.
Em 10-15 anos de interrupção, a mortalidade global se iguala a dos não fumantes.
A redução do risco cardiovascular é mais rápida, caindo para a metade após um
ano de abstinência e se iguala aos não fumantes em 2 a 3 anos.
|